Os olhos castanhos entristecidos daquele rapazinho encararam os meus. Aquela doçura de olhar derreteu-me o coração. Enquanto ele ali estava sentado no chão, os outros brincavam e riam no pátio. Com certeza eram mais felizes do que ele naquele lugar. Abriu-se no meu rosto um sorriso, numa tentativa de convidá-lo a vir ter comigo, como muitos outros tinham feito. Mas ele não veio, permaneceu quieto, sem desviar o seu olhar do meu.
Uma súbita vontade de abraçá-lo apoderou-se de mim. Porém, não queria assustá-lo. Apenas dei dois passos em frente e continuei a sorrir. Esparava que ele se mantivesse na mesma posição, no entanto, ele remexeu-se no seu lugar e esboçou um sorriso tímido, onde eu podia ver o receio. Com confiança, dei mais dois passos e sentei-me no chão ao lado dele. Nenhum de nós falou, apenas mantivemos o olhar um no outro.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
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